segunda-feira, 16 de agosto de 2010

NÓS E O FOLCLORE

ESCOLA SEMENTE VIVA
ANO - 2010
PUBLICO ALVO
Alunos de cinco anos da Escola Semente Viva
JUSTIFICATIVA
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um País. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação.
Tudo isso não faz parte só do passado, o folclore também está presente em nossas vidas. Sendo assim é de suma importancia que nossas crianças conheça e valorize o folclore brasileiro
OBJETIVO
Resgatar, vivenciar e valorizar as manifestações da cultura popular brasileira.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
 Estimular as brincadeiras lúdicas com as crianças.
 Ampliar a linguagem oral.
 Favorecer a identificação das letras do alfabeto
 Desenvolver o gosto pela música e por ouvir histórias.
 Desenvolver a coordenação motora e o equilíbrio.
 Usar a expressão verbal e a memória
 Trabalhar com o folclore, ampliando o repertório sobre as parlendas.
 Desenvolver a agilidade e o raciocínio.
METODOLOGIA
As atividades serão desenvolvidas de forma individual e coletiva com a interação professor e aluno em sala de aula.
ATIVIDADES
 Explicar o que é folclore
 Leitura de texto(parlendas, adivinhas, musicas e quadrinhas) junto com as crianças;
 Recorte, colagem, dobraduras e desenho para ilustrar parlendas, adivinhas e músicas;
 Lendas;
 Brincadeiras folclóricas;
 Exposição dos trabalhos em mural
 Confecção de brinquedos( peteca e pião)
 Fazer um levantamento das adivinhas conhecidas pela turma;
 Socializar as adivinhas e organizar fichas de leitura de cada uma delas;
 Os alunos levam para casa O BORNAL DE LEITURA com as fichas com as adivinhas para que possam ler com a família;
 Os alunos deverão adivinhar, através de objetos da caixa surpresa, de quais adivinhas a professora se refere;
 Representação de cantigas de roda e parlendas
 Confecção de móbiles referente as parlendas trabalhadas

AVALIAÇÃO
A avaliação será através de registro por parte do professor em sala de aula frente à participação de cada aluno de forma individual e coletiva e do desenvolvimento da aprendizagem durante as atividades propostas.

ANEXOS

BORNAL QUE EU FIZ PARA OS ALUNOS LEVAREM AS LEITURAS ( PARLENDAS, LENDAS,ADIVINHAS...) DO PROJETO PARA CASA


GRAVURAS TIRADAS DO GOOGLE IMAGEM






FOLCLORE – A palavra vem do Inglês, “folk” = povo + “lore” = sabedoria.
FOLCLORE Significa sabedoria popular. È o conjunto de conhecimentos, costumes, lendas, contos, canções, danças, festas, trajes, artesanato, tudo expresso em arte popular.
O DIA DO FOLCLORE É 22 DE AGOSTO
O folclore brasileiro resultou do contato entre os colonizadores europeus, os africanos, e os indígenas aqui existentes.
VEJA O QUE HERDAMOS NO FOLCLORE:
DOS FRANCESE: Traços culturais das atividades dos colégios, como as músicas infantis. Ex: Irmão Jaques (Frére Jacques), Giroflê (girafa), A mão direita tem uma roseira, Vamos passear na floresta. Também nos deixaram a quadrilha.
DOS ALEMÃES: O uso da madeira e tijolos intercalados nas construções, o aproveitamento dos cavalos nas carroças, o uso da batatinha, salsicha, cerveja e shop. O aproveitamento da mulher na agricultura.
DOS INGLESES: O futebol e vários vocábulos. EX: gol.
DOS ÁRABES: Palavras e gestos, O quibe, o espetinho. O turbante usado pelas baianas. O vermelho das roupas.
DOS HOLANDESES: Os tesouros enterrados (segundo as lendas).
DOS JAPONESES: O feijão, o arroz, a sopa e o broto de bambu na alimentação. A palha de arroz na cobertura das casas.
DOS INDÍGENAS: O emprego do sapé e da folha de palmeira na cobertura das casas. A utilização de cipós para amarrar as construções das paredes (barrear). O uso das redes e dos giraus para secar ou guardar mantimentos. A utilização de peneiras, cuias de cabaças, cestos de palha, cipó ou taquara. O emprego de pilões, moringas ou potes de barro (ex: artesanato em barro). A utilização de tangas, cocares, penas, braceletes e colares, (ex: no carnaval). O emprego do laço e da arapuca. A utilização da mandioca (pirão, beiju, mingau), do milho (cozido, assado, canjica, pamonha, pipoca). Outras plantas: amendoim, inhame, abóbora, abacaxi, etc.
DOS AFRICANOS: o uso das saias largas e rodadas. O emprego de panos vistosos e coloridos, chalés, braceletes, argolas, miçangas, balangandãs. Na alimentação: vatapá, acaçá, caruru, acaragé, mungusá, azeite–de–dendê e pimenta malagueta. O uso de instrumentos musicais como: atabaque, marimbá, agogô, afochê.
DOS ITALIANOS: as casas com as bases de pedra e os porões. Na alimentação, macarrão, pizza, risoto, polenta, vinho. Os instrumentos musicais: sanfona, gaita, viola caipira e a banda de música.
DOS PORTUGUESES: a LÍNGUA. As varandas nas construções. Dentro de casa o oratório, o tacho, a cama de tábuas, os baús e arcas, os candeeiros, as lanternas de quatro vidros. A utilização de teares, a roda de fiar, o monjolo, a roda d1água, o cata–vento, o trançado de couro. Na linguagem, os trava–línguas, as adivinhas, os ditados populares, as quadras, as trovas (literatura de cordel), as fábulas, as lendas, os contos, os mitos. Das festas destacam–se também Santos Reis, São Sebastião, Nossa Senhora dos Navegantes, Festas Juninas, São Benedito, Festa do Divino.
DOS ESPANHÓIS: Observa–se maior influência no gaúcho: o chapéu de abas largas preso ao queixo, lenço no pescoço, a bombacha, botas de couro, o poncho. Também o churrasco e o chimarrão, a dança do fandango, algumas músicas infantis e a vaquejada nordestina, com a derrubada do boi puxando–lhe o rabo na corrida.
CONCLUINDO: Todas essa tradições misturaram–se e deram origem e novas criações. Essas novas criações são o nosso folclore.
VAMOS CONHECER NOSSO FOLCLORE?
SACI: É um menino negro de uma perna só, usa um capuz vermelho e, segundo alguns, usa cachimbo. Não é maldoso e só gosta de fazer certas travessuras, como por exemplo, dar nó nos rabos dos cavalos.
CAIPORA: é O PROTETOR DAS CAÇAS DO MATO. Simbolizado por um anão peludo, montado num queixada (porco do mato), atravessa velozmente as matas com grande estrépito. É sinônimo de azar.
CURUPIRA: É o protetor das matas, onde habita. É uma espécie de indiozinho escuro com os pés voltados para trás. Dizem que pressente tempestades, e bate nas árvores para acorda–las, para melhor resistirem às intempéries.
LOBISOMEM: Segundo a crendice sertaneja, é um homem que se transforma em um lobo ou em um enorme cão, nas noites de lua cheia, quando estas caem numa sexta–feira. Inúmeras são as estórias de Lobisomem que circulam pelos sertões.
BOITATÁ: Nas regiões sulinas, alguns campeiros mais supersticiosos evitam cavalgar á noite, temendo encontrar o Boitatá (cobra–de–fogo), na língua guarani). É uma espécie de fogo, em forma de cobra, ou pássaro, que enfrenta o cavaleiro, impedindo a sua marcha.
MENINO DOURADO: é um menino que, nas costas de um peixe denominado “dourado”, em noites de luar, pode ser visto deslizando sobre o rio. Protege os barqueiros.
MÃE–D’ÁGUA: Crendice popular de todas as regiões brasileiras. No Norte é Iara, no Sul habita as lagoas tranqüilas, mas atrai os pescadores para seus domínios. Metade mulher, metade peixe, também conhecida por Sereia. No Rio São Francisco é benfazeja e muitos pescadores juram tê–la visto.
NEGRINHO DO PASTOREIO: Lenda popular do Rio Grande do Sul, é a história do pobre negrinho escravo, sacrificado pelo malvado senhor, porque não encontrou um petiço (cavalinho) que se desgarrara da manada. Depois de açoitado, foi abandonado num formigueiro, onde foram encontra–lo no dia seguinte, cercado por uma aura luminosa ao lado de Nossa Senhora que o levou para o Céu. É invocado na busca de animais perdidos.
BICHO–PAPÃO: é um homem que costuma andar esfarrapado e sujo. Muito feio, barbudo e pálido, tem por hábito roubar crianças choronas e mentirosas, e leva–las para sempre.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO FOLCLORE
* é popular.
* emana do saber cultural.
* constitui-se em uma tradição.
* é transmissível notadamente pela oralidade e pela prática.
* faz parte do conhecimento coletivo.
* espelha uma situação ou ação.
* tem caráter universal.
* é anônimo, pois se desconhecem seus criadores.
* é criatividade livre e espontânea de um povo.

Mitos e lendas brasileiras
As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:
Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro.
Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Adivinhas
As adivinhas tinham papel de grande importância na antiguidade. Era uma espécie de desafio ao homem para que mostrasse a sua sabedoria. É uma das formas mais curiosas e ingênuas de literatura oral.
1. O que é que Deus nunca viu, o rei viu uma vez ou outra e o homem vê todos os dias?
2. O que é o que é? São sete irmãos, cinco tem sobrenome e dois não?
3. O que é que quanto mais cresce, mais baixo fica?
4. O que é que cai em pé e corre deitado?
5. O que é negra, preta de formosura, barriga cheia de gostosura?
6. Qual é o céu que não tem estrelas?
7. Qual é a diferença da tartaruga com o navio?
8. Em que mês a mulher fala menos?
9. O que é que está na ponta do fim, no começo do meio e no meio do começo?
10. O que é que passa pela água e não se molha, anda pelo sol e não se queima?

Respostas: 1.o semelhante, 2. os dias da semana, 3.o rabo do cavalo, 4. a chuva, 5. a jabuticaba, 6. o céu da boca, 7. o navio tem o casco em baixa e a tartaruga tem o casco em cima, 8. em fevereiro, 9. a letra m, 10. a sombra.
Conhecendo adivinhas
Pertencem, também, à literatura oral e é um gênero universal. Você vai propor um "enigma" e os alunos vão ter de acertar. Se for muito difícil a adivinha, você vai fazer mímica até que acertem. Outra idéia é chamar alguns alunos, para quem você vai dar a resposta, e eles que devem fazer a mímica para a classe acertar.

Suqestão de adivinhas:
O que é o que é que cai em pé e corre deitado?
(resposta; a chuva)
O que é o que é que fica rodando, rodando, mas não sai do lugar?
(o relógio)
O que é o que é vermelha, não toma chuva, mas está sempre molhada?
(a língua)
O que é que mais pesa no mundo?
(a balança)
O que é o que é que tem boca, só um dente e chama a atenção de muita gente?
(o sino)
O que é o que é que vive passando os dentes no cabelo?
(o pente)
O que é o que é que Deus dá duas vezes e se alguém quiser mais terá que mandar fazer?
(os dentes)
Parlendas
São versos que servem para brincar, distrair, entreter ou embalar as crianças.
Chora, chora,
Que eu vou embora
Agora, agora,
Pra Pirapora,
Pulando tora
E chupando amora
Com a dona Aurora
Agora, agora.
Vou-me embora
Pra Pirapora,
Pulando tora,
Chupando amora
Toda hora Ba-ba-la-lão,
Senhor capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.
Serra, serra, serrador,
Serra o papo do vovô
Pra serrar cama no ar
Pra Maria se deitar.
Cadê o toucinho que tava aqui?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato
Cadê o mato?
O fogo queimou
Cadê o fogo?
A água apagou
Cadê a água?
O boi bebeu
Cadê o boi?
Ta amassando trigo.
Cadê o trigo?
A galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Tá botando ovo.
Cadê o ovo?
O frade bebeu.
Cadê o frade?
Ta rezando missa.
Cadê a missa?
Ta na igreja.
Cadê a igreja?
Tá em Roma.
Por onde é que se vai à Roma?
Vai por aqui, por aqui, por aqui...
Conhecendo parlendas
Antes de iniciar a atividade, explique aos alunos que as parlendas são rimas infantis usadas em brincadeiras ou como técnica de memorização. Propor aos alunos que recitem bem alto e da mesma forma que você fizer. Ou seja, quando você falar lentamente, eles respondem lentamente; quando você falar rápido, eles devem falar rápido, mas sempre todas ao mesmo tempo.
Esta é também uma boa oportunidade para trabalhar noções de ritmo e o que são rimas. Na primeira fase, você terá de ensinar as parlendas aos alunos até que eles decorem.
O "chefe", no caso você, deve falar a primeira frase (quase sempre uma pergunta) e, em seguida, as os alunos todos juntos declamam o resto. Faça várias vezes seguidas em uma espécie de ladainha.

Suqestões de parlendas:
(chefe/você): O QUE HÁ DE NOVO?
(todos): MUITA GALINHA E POUCO OVO!

(chefe): O QUE É ISSO?
(todos): CHOURIÇO PRA VOCÊ COMER NA HORA DO SEU SERViÇO!

(chefe): QUE HORAS SÃO?
(todos): HORA DE COMER PÃO E LAMBER SABÃO!

(chefe): AONDE VAI?
(todos): VOU ALI E VOLTO JÁ. VOU APANHAR MARACUJÁ!

(chefe): O QUE ESTÁ FAZENDO Aí?
(todos): SEGURANDO AS CALÇAS PRA NÃO CAIR.

Fórmulas de Escolha e Brincadeiras Infantis
As fórmulas de escolha são pequenas expressões, frases ou quadrinhas usadas para começar brincadeiras, escolher o pegador ou quem fica por último.
Uma pulga na balança
Deu um pulo e foi à França
Os cavalos a correr
Os meninos a brincar
Vamos ver quem vai pe-gar!


Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno
Quem bebeu morreu
Quem ficou fui eu!

Pim-po-ne
Pim-pe-ta-pe-ta-pe ruge
Pim-po-ne
Pim-po-ne-ta-pe-ta-pe ruge
Pim-po-ne
Pim-pe-ta-pe pum!


Anabu, anabu
Quem sai é tu
Porque és filha do urubu
E sobrinha do ta-tu!
Brincadeiras
Brincadeiras são aquelas que participam várias crianças e há disputas, desejo de vencer.
Pião
O pião foi trazido para o Brasil pelos portugueses e logo foi bastante espalhado. É um brinquedo ainda muito utilizado pelos

Outras brincadeiras:

Boneca
Catavento
Cirandinha
Pipa
Passar anel
Bolinhas de gude
Bilboquê
Amarelinha
Músicas
Quem canta, seus males espanta, já dizia o antigo ditado.
Nosso povo sabe disso e por isso, é alegre e cantador. A música folclórica está quase sempre, ligada aos interesses da coletividade. São geralmente de origem desconhecida . São cantigas de rodas, de ninar, cantos religiosos, pregões, modas de viola.

Atirei o pau no gato to
Mas o gato to não morreu réu réu
Dona Chica ca adimirou –se se
Do berro, do berro que o gato deu
Miauuuu
A canoa virou
A canoa virou,
Por deixá-la virar,
Foi por causa do(a) (nome da criança)
Que não soube remar.
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Tirava o(a) (nome da criança)
Do fundo do mar

O cravo e a rosa
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.

ATIVIDADES